“Os Deveres Mútuos dos Maridos e Esposas – Parte 1″ por Richard Baxter
by Roberta Macedo | 25 novembro, 2013 | Casamento, Vida Cristã
Pessoas egoístas e não piedosas sempre entram em todo o tipo de relacionamento com o desejo de serem servidas e de gratificar suas próprias carnes sem conhecer ou se importar com aquilo que é requerido delas. Seu desejo é pela honra, lucro, ou prazer que seu relacionamento lhe proverá e não por aquilo que Deus e homem requerem ou esperam delas.[Gn 2:18, Pv 18:22] Suas mentes preocupam-se apenas com aquilo que elas podem ter e não com aquilo que elas devem ser ou fazer.
Elas sabem o que elas querem que outros façam por elas, mas pouco se importam com o dever que elas têm para com outros. É dessa maneira que muitos maridos e esposas se comportam.
Deveríamos estar muito interessados em saber quais são os deveres dos nossos relacionamentos. E como nós podemos agradar a Deus em nossos relacionamentos. Estude e faça a sua parte, e Deus certamente fará a parte d'Ele.
Direção 1.
O primeiro dever dos maridos é amar as suas esposas (e as esposas seus maridos). Ef 5:25, 28, 29, 33. “Maridos, amai vossa mulher, como também Cristo amou a igreja e a si mesmo se entregou por ela.– Assim também os maridos devem amar a sua mulher como ao próprio corpo. Quem ama a esposa a si mesmo se ama. Porque ninguém jamais odiou a própria carne; antes, a alimenta e dela cuida, como também Cristo o faz com a igreja; — Não obstante, vós, cada um de per si também ame a própria esposa como a si mesmo, e a esposa respeite ao marido.” Veja Gn 2:24.
Algumas diretrizes para manter o amor são as seguintes:
1. Em primeiro lugar, escolha um bom cônjuge. Um cônjuge que seja verdadeiramente bom e gentil. Cheio de virtude e santidade ao Senhor.
2. Não se case até que você esteja certo de que você o ama completamente.
3. Não seja muito apressado, mas saiba de antemão todas as imperfeições que podem tentar você a desprezar o seu futuro cônjuge.
4. Lembre-se que justiça comanda você a amar aquele que abandonou o mundo inteiro por você. Alguém que se contentou em ser companheiro em seus trabalhos e sofrimentos e em compartilhar todas as coisas com você, e esse deve ser seu companheiro até a morte.
5. Lembre-se que mulheres são naturalmente criaturas carinhosas e passionais e assim como elas amam muito, elas esperam muito amor de você.
6. Lembre-se que você está debaixo do mandamento do Senhor; e negar amor conjugal a sua mulher é negar uma obrigação que Deus impôs enfaticamente sobre você. Obediência, portanto, exige o seu amor.
7.Lembre-se que vocês são “uma só carne;” você a atraiu para abandonar pai e mãe, e para unir-se a você.
8. Preste mais atenção nas coisas boas de suas esposas do que nos seus defeitos. Não permita que a identificadão de suas falhas faça vocês esquecer ou ignorar suas virtudes.
9. Não foque em suas imperfeições até que elas aborreçam você. Perdoe-as enquanto for correto aos olhos de Deus. Leve em conta a fragilidade do sexo. Considere também suas próprias falhas, e o quanto suas esposas precisam tolerar vocês.
10. Não provoque o mal em suas esposas, mas encorajem-nas a viver o que há de melhor nelas.
11. Vençam-nas com amor; e então elas serão amorosas com vocês, e consequentemente serão amáveis. Amor provocará amor assim como fogo provoca mais fogo. Um marido bom é a melhor maneira de se fazer uma esposa boa e amorosa.
12. Vivam diante delas a vida de um cristão prudente, humilde, amoroso, manso, abnegado, paciente, inofensivo, santo, e celestial.
Direção II.
Maridos e mulheres devem viver juntos.
Direção III.
Aborreça não somente o adultério mas tudo que leva a lascívia e a violação de sua aliança matrimonial. [Mt 5.31,32; 19:9; Jo 8,4‑5, sobre adultério; Hb 13.4; Pv 22.14; Ho 4.2‑3; Pv 2.17; 1 Co 6.15,19; Ml 2.15; Pv 6.32,35; Dt 23.2; Lv 21.9; 18:28; Nm 25.9; Jr 5.7‑9]
Direção IV.
Marido e mulher devem ter prazer no amor e na companhia, e nas vidas um do outro. Quando marido e mulher tem prazer um no outro isso os une nos deveres, isso ajuda-os na execução de seus trabalhos, e no suportar de suas cargas; e é uma parte crucial do conforto dentro do casamento. [Pv 5:18,19]
Direção V. É seu dever solene viver em quietude e paz. Evitar todas as ocasiões de forte raiva ou discórdia.
I- Diretrizes mostrando a grande necessidade de evitar dissensões
1. Unidade é um dever requerido na sua união matrimonial. Será que você não pode concordar com a sua própria carne?
2. Divisões com o seu cônjuge vai trazer dor e aborrecimento a toda as áreas da sua vida… assim como você não quer se cortar e é rápido em cuidar de suas próprias feridas, da mesma forma você deve observar qualquer quebra na paz do seu casamento e rapidamente buscar resolvê-la.
3. Brigas esfriam o amor, brigas fazem o seu cônjuge ser alguém não desejável pra você na sua mente. Machucar é afastar; estar ligado pelos vínculos do casamento enquanto os seus corações estão afastados é um tormento. Ser internamente adversários, enquanto por fora são marido e mulher, transforma sua casa e prazer numa prisão.
4. Dissensões entre marido e esposa dividem toda a vida familiar; são como bois em jugo desigual, nenhum trabalho pode ser feito com a briga de um com o outro.
5. Isto também te torna inadequado para o culto ao Senhor; vocês não podem orar juntos nem discutir coisas espirituais juntos, nem podem servir como auxiliadores da alma um do outro.
6. Dissensões torna impossível uma boa gerência da casa.
7. Essas dissensões vão te expor às malícias de Satanás, e dará a ele vantagem para muitas e muitas tentações.
II – Diretrizes para evitar dissensões
1. Mantenha vivo o amor um pelo outro. Ame o seu cônjuge afetuosa e calorosamente. O amor irá subjugar a raiva; você não pode ficar amargurado com as pequenas coisas de alguém que você ama tanto; muito menos falará palavras duras, indiferentes ou qualquer outra forma de ofensa.
2. Tanto o marido quanto a esposa devem mortificar o orgulho e o sentimento egoísta. São esses sentimentos que causam intolerância e insensibilidade. Você deve orar e lutar por um espírito humilde, manso e tranquilo. Um coração orgulhoso é incomodado e provocado por qualquer palavra que parece atacar a sua auto-estima.
3. Não esqueçam que vocês dois são pessoas doentes, cheios de debilidades; e, portanto, esperem os frutos dessa enfermidade um no outro; e não se assustem com isso, como se vocês já não soubessem disso. Decida ser paciente um com o outro; lembrando que você casou com alguém pecaminoso, fraco e imperfeito, e não alguém como anjos, sem pecado e perfeito.
4. Lembrem-se que vocês ainda são uma só carne; e, portanto, não fique mais ofendido com as palavras e fracassos do outro do que você ficaria se eles fossem seus. Tenha tamanho ódio e desgosto pelo pecado, quanto deseja curar a ferida; mas não a ponto de inflamar e irritar a outra parte. Isso vai transformar raiva em compaixão, e te fará administrar o cuidado para a cura.
5. Façam previamente um acordo que quando um estiver pecaminosamente irado e irritado, o outro irá silenciosamente e gentilmente suportá-lo até que ele volte à sanidade.
6. Tenham os olhos no futuro e lembrem-se que vocês devem viver juntos até a morte, e devem ser companheiros e o conforto um do outro enquanto viverem; aí vocês verão o quão absurdo é discordar e aborrecer um ao outro.
7. No que depender de você, evite toda ocasião para raiva e brigas sobre questões familiares.
8. Se você está tão aborrecido que você não consegue se acalmar, pelo menos controle a sua língua e não profira palavras que machucam e insultam, colocando mais lenha na fogueira. (Não coloque pra fora a sua raiva só para alimentar a sua vingança carnal). Fique em silêncio e muito mais cedo você voltará à sua serenidade e paz.
9. Que o cônjuge mais calmo e racional fale com o outro cuidadosamente e racionalmente argumente ( a menos que seja uma pessoa tão insolente que tornará as coisas piores) . Geralmente, algumas sérias e fortes admoestações se mostram como água numa panela fervente. Diga ao seu cônjuge irado “você sabe que essas coisas não deveriam ocorrer entre nós; o amor deve resolver isso e trazer arrependimento. Deus não aprova isso e nós também não aprovaremos quando o calor da discussão passar. Essa disposição mental é contrária à disposição de oração, e essa linguagem também é contrária à oração; nós devemos orar juntos; não façamos nada agora além de orar; água doce e amarga não podem vir da mesma fonte” etc. Algumas palavras calmas e condescendentes podem parar uma torrente e reavivar a razão que a emoção dominou.
10. Quando você agir pecaminosamente contra seu cônjuge, confesse e peça perdão um ao outro, e orem pedindo perdão a Deus; e isso agirá como um preventivo na próxima vez, pois você certamente se envergonhará de fazer aquilo que confessou e pediu perdão a Deus e ao próximo.
Fonte: http://www.mulherespiedosas.com.br/
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