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sexta-feira, 6 de março de 2015

A igreja das cinco solas.

A igreja das cinco solas.

A igreja deve estar fundamentada sobre a Palavra de Deus, a Bíblia, sendo que, SOMENTE AS ESCRITURAS lhe servem como regra de fé. As tradições e costumes não têm e não podem servir de instrumento de fé e prática para uma igreja que se diz fidedigna a Cristo. As Escrituras foram escritas por homens inspirados por Deus, desta forma, são instrumentos de revelação da vontade de Deus para a igreja.

"Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra" (2ª Timóteo 3.16-17).
"Examinais as Escrituras, porque vós cuidais ter nelas a vida eterna, e são elas que de mim testificam;" (Jo 5.39).
"Porque tudo o que dantes foi escrito, para nosso ensino foi escrito, para que pela paciência e consolação das Escrituras tenhamos esperança." (Rm 15.4).

Baseada nas Escrituras, a igreja deve pregar que:

1- SOLI DEO GLORIA
Que uma devoção aos homens por mais santos que sejam, constitui-se nominalmente idolatria.
Quando a reverência esta beirando as raias de adoração, é preciso firmar a doutrina em que SOMENTE A DEUS PERTENCE A GLORIA. Fundamentada nas Escrituras (Romanos 1.36; Filipenses 4.20; Apocalipse 4.11),assim como em vários outros textos, afirmamos nesta doutrina que somente a Deus devemos dar glória.
"Porque dele e por ele, e para ele, são todas as coisas; glória, pois, a ele eternamente. Amém" (Rm. 11. 36).
"Ora, ao nosso Deus e Pai seja dada glória para todo o sempre. Amém" (Fl. 4. 20).
"Digno és, Senhor, de receber glória, e honra, e poder; porque tu criaste todas as coisas, e por tua vontade são e foram criadas" (Ap. 4.11).


2- SOLA FIDE 
Que o homem só pode ser salvo mediante a fé, que SOMENTE A FÉ pode livrar sua alma. Que penitências, sacrifícios ou qualquer forma de indulgência, não livrarão o homem da condenação eterna, sendo a salvação somente através da fé (Ef. 2.8).
"Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isso não vem de vós; é dom de Deus; não de obras, para que ninguém se gloria". (Ef 2.8 e 9).
"Porque no evangelho é revelada a justiça de Deus, uma justiça que do princípio ao fim é pela fé, como está escrito: O justo viverá pela fé" (Rm 1.17).
"E é evidente que pela lei ninguém será justificado diante de Deus, porque o justo viverá da fé" (Gl 3 . 11). 
"Mas o justo viverá da fé; E, se ele recuar, a minha alma não tem prazer nele" (Hb 10 . 38).


3- SOLA GRATIA
Que esta salvação é manifesta ao homem pela graça de Deus, pois SOMENTE A GRAÇA é a causa eficiente da salvação. Ninguém pode ser salvo por mérito próprio. A única causa eficaz da salvação é a graça de Deus sobre o pecador, (Ef. 2.5). Nenhuma obra humana poderá dar ao homem livre acesso a salvação e ao reino dos céus, somente pela graça de Deus.
"Estando nós ainda mortos em nossas ofensas, nos vivificou juntamente com Cristo (pela graça sois salvos)" (Ef 2.5).
"Sendo justificados gratuitamente pela sua graça, pela redenção que há em Cristo Jesus" (Rm 3. 24). 
"Pelo qual também temos entrada pela fé a esta graça, na qual estamos firmes, e nos gloriamos na esperança da glória de Deus" (Rm 5 .2).
"Porque o pecado não terá domínio sobre vós, pois não estais debaixo da lei, mas debaixo da graça" (Rm 6 .14).


4- SOLUS CHRISTUS
Que SOMENTE CRISTO é o intermediador entre Deus e os homens. E nisto consiste a suficiência e exclusividade da obra Cristo quanto à salvação. Cristo efetivou a obra da redenção ao ser sacrificado na cruz, derramando seu sangue como sacrifício por nossos pecados. Que o homem nada pode fazer para sua salvação, pois sacrifício de Cristo na cruz foi suficiente.
"E não há salvação em nenhum outro: porque abaixo do céu não existe nenhum outro nome, dentre os homens, pelo qual importa que sejamos salvos" (At 4.12).

quinta-feira, 5 de março de 2015

O que é calvinismo?




Calvinismo: 
O Calvinismo (também conhecido como Fé Reformada, Confissão Reformada ou Teologia Reformada) é tanto um movimento religioso protestante quanto uma ideologia sociocultural com raízes na Reforma Protestante iniciada por João Calvino em Genebra no século XVI.

A Teologia Reformada foi desenvolvida também por diversos outros teólogos como Martin Bucer, Heinrich Bullinger e Ulrico Zuínglio. Apesar disso, a Fé Reformada costuma levar o nome de Calvino por ter sido ele seu principal expoente.

É o resultado de uma evolução independente das ideias protestantes no espaço europeu de língua francesa, surgindo sob a influência do exemplo que na Alemanha a figura de Martinho Lutero tinha exercido. A expressão "Calvinismo" foi aparentemente usada pela primeira vez em 1552, numa carta do pastor luterano Joachim Westphal, de Hamburgo.

Em algumas regiões da Europa o Calvinismo ganhou diferentes nomes. Na Escócia, os calvinistas ficaram conhecidos como presbiterianos; na França como huguenotes; e na Inglaterra foram chamados de puritanos.

Entre os mais famosos calvinistas da história, destacam-se o pastor batista Charles Haddon Spurgeon, tido como o "príncipe dos pregadores", o reavivalista Jonathan Edwards, e os teólogos Abraham Kuyper e Gordon Clark.

Atualmente, o termo Calvinismo também se refere às doutrinas e práticas das Igrejas Reformadas. O sistema costuma ser resumido através dos chamados Cinco Pontos do Calvinismo, elaborados durante o Sínodo de Dort realizado na Holanda, entre 1618 e 1619, como uma resposta aos Cinco Pontos do Arminianismo.

Os Cinco Pontos do Calvinismo são conhecidos pelo acróstico TULIP:

T-otal Depravity (Depravação Total)
U-nconditional Election (Eleição Incondicional)
L-imited Atonement (Expiação Limitada)
I-rresistible Grace (Graça Irresistível)
P-erseverance of the Saints (Perseverança dos Santos)

Por este motivo, a tulipa é frequentemente utilizada como flor símbolo do Calvinismo.

Todo o sistema teológico, assim como as práticas da igreja, família e vida política, todas elas englobadas no que costumeiramente denomina-se de "Calvinismo", são o resultado de uma consciência religiosa fundamental centrada na soberania de Deus.

O Calvinismo pressupõe que o poder de Deus tem um alcance total de atividade e resulta da convicção de que Deus trabalha em todos os domínios da existência, incluindo o espiritual, físico, intelectual, quer seja secular ou sagrado, público ou privado, no céu ou na terra.

De acordo com este ponto de vista, qualquer ocorrência é o resultado do plano de Deus, que é o criador, preservador, e governador de todas as coisas, sem exceção, e que é a causa última de tudo. As atividades seculares não são colocadas abaixo da prática religiosa. Pelo contrário, Deus está tão presente no trabalho de cultivar a terra ou apontar um lápis quanto no ato de orar ou na prática de ir ao culto. Para o cristão calvinista, toda a sua vida é um culto a Deus.

Segundo a Bíblia, por causa dos pecados do homem, ele perdeu as regalias que possuía e distanciou-se de Deus. Desta forma, o homem é considerado "espiritualmente morto" para as coisas de Deus e é dominado por uma indisposição para servi-lo.

Só resta, então, uma maneira de resolver esse problema: o próprio Deus reatando os laços. Deus então, segundo a doutrina bíblica da predestinação, escolheu alguns dos seres humanos caídos para salvar da pecaminosidade e restaurar para a comunhão com Ele. Deus tomou esta decisão antes da criação do Universo, não por causa de quaisquer boas ações que tenha previsto nos eleitos, mas por Sua única e exclusiva graça:

"Pela graça sois salvos, por meio da fé, e isso não vem de vós; é dom de Deus; não vem de obras, para que ninguém se glorie."
(Efésios 2:8,9)

O Calvinista é, por definição, um profundo conhecedor da Bíblia, que pondera todas as suas ações pela sua relação com Deus. Costuma ser austero e disciplinado, e rejeita luxo e esbanjamento. A ética no trabalho é também uma marca do Calvinismo.

Baseados na leitura do livro "A ética protestante e o espírito do capitalismo", do sociólogo alemão Max Weber, muitos estudiosos atribuem a Calvino a invenção do capitalismo. Porém, o capitalismo é um conceito que não pertence aos tempos da Reforma Protestante, tendo sido definido em época posterior.

O Calvinismo defende uma Teologia Aliancista e os Sacramentos como meio de graça, sendo eles a Santa Ceia e o Batismo.

Entre os principais teólogos e pregadores calvinistas da atualidade, destacam-se John Piper, Paul Washer, R.C. Sproul, John MacArthur, Vincent Cheung e os brasileiros Augustus Nicodemus e Davi Charles Gomes, entre outros.

As maiores igrejas de tradição calvinista no Brasil são a Igreja Presbiteriana no Brasil, a Igreja Anglicana Reformada do Brasil e a União das Igrejas Evangélicas Congregacionais do Brasil.

Nos últimos tempos o Calvinismo tem alcançado muito espaço no Brasil devido ao trabalho de grandes editoras, escolas teológicas e diversos sites e blogs da internet que tem disponibilizado conteúdo teológico reformado de qualidade.

As principais obras teológicas de referência do Calvinismo são "As Institutas da Religião Cristã", de João Calvino, "Uma Defesa do Calvinismo", de Charles Haddon Spurgeon, "Calvinismo", de Abraham Kuyper e a Bíblia de Estudos de Genebra.

Com informações de Monergismo, Wikipedia, Brasil Escola e Portal Mackenzie.


SOLA FIDE


SOLA FIDE:

A fé reformada
“Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus; não de obras, para que ninguém se glorie.” Efésios 2:8-9

Somente pela fé, e unicamente por ela, o pecador é salvo com base nos méritos eternos de Cristo. Sendo assim... a Escritura é o meio pelo qual Cristo é revelado, sendo este o alvo da fé, sendo que a fé é um presente concedido graciosamente por Deus “e isto (a fé) não vem de vós”. Somente pela fé na pessoa e obra de Cristo é meio pelo qual Deus declara o pecador injusto em justo. A necessidade de tal ato se dá por causa da nossa total inabilidade e capacidade para satisfazer a justiça de Deus. Porque somos pecadores, todas as nossas obras estão corrompidas pelo pecado e, portanto, são inúteis a Deus, ou como a própria Escritura trata (Isaías 64:6), como algo podre: Diante da nossa impotência e incompetência, não podemos confiar em nossa carne, em nosso esforço e sim unicamente na obra de Cristo na cruz.
A fé é a atitude de total confiança no que as Escrituras declaram a respeito de Cristo e sua Obra.

Fonte: www.VoltemosAoEvangelho.com

terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

Não julgueis para que não sejais julgados???

"Não julgueis para que não sejais julgados..." (Mateus 7.1).

Eu não posso julgar, mas você pode me julgar pelos meus julgamentos? Eu não posso criticar, mas você pode me criticar por fazer críticas? Podemos ou não? E como devemos fazer? 

Vejamos o que a Palavra nos diz sobre o assunto? 
1- O que Paulo no texto de 1 Co. 6.2, nos ensina? 
2- O que encontramos Jesus fazendo em Mateus 23.13 e 23.24?
3- Em Mateus 12.39?
4- Em Marcos 9.19?
5- Em Mateus 7.6?
6- Em Lucas 10.13-15, oque Jesus pronuncia sobre Corazim, Btsaida e Cafarnaum?
7- O que Ele disse aos Judeus em João 8.44?
8- O que Jesus diz sobre os que não crêem Nele em João 3.17-18,36?

* De acordo com o Paulo em 1 Co. 5.3-5, nós podemos emitir alguns juízos. 
1- O que dizer de 1 Co 5.11? 
2- Como discernir o texto de 2 Co. 11.13?
3- Como interpretar os textos em 2 Pedro 2.12-13 e 2 João 7.11, segundo a ideia do "não julgais..."? 

* Se não podemos julgar, por que Pedro, Paulo e João julgaram as pessoas em seu tempo? Estavam eles à desobedecer a Cristo?

* Como podemos observar, realizamos julgamentos, grandes e pequenos a todo momento. Observemos que, na hora de escolher um pastor, presbítero ou diácono, devemos JULGAR seu caráter à luz das Escrituras (Tito 1 e 1 Timóteo 3).

* O que dizer do ensino de Jesus em Mateus 18.17, quando Ele nos da base para exclusão de membros? Não seria isto um julgamento? 
Até aqui seria suficiente, mas com certeza, devemos buscar mais entendimento na Palavra, antes de "repetir" meras opiniões.

Angelo dos Santos

A unidade que esta nos destruindo.



A unidade que esta nos destruindo.


Quando unir-se e quando dividir-se, eis a questão, e uma resposta abalizada exige a sabedoria de um Salomão.

Alguns resolvem o problema de maneira simples e prática:Toda união é boa e toda divisão é má. Muito fácil. Mas esta maneira simplista de tratar do assunto ignora as lições de história e se esquece das profundas leis espirituais que regem a vida do homem. 

Se os homens bons desejassem a união e os maus a divisão, ou vice-versa, isso simplificaria as coisas para nós. Ou se pudesse ser mostrado que Deus sempre une e o diabo sempre divide, seria fácil encontrar nosso caminho neste mundo confuso. Mas as coisas não são assim. 

Dividir o que deve ser dividido e unir o que deve ser unido faz parte da sabedoria. A união de elementos heterogêneos jamais é boa mesmo que possível, nem a divisão arbitrária de elementos semelhantes. Isto se aplica certamente tanto às coisas morais e religiosas, como às políticas e científicas. 

Deus foi quem fez a primeira divisão, quando separou a luz das trevas no momento da criação. Esta divisão estabeleceu a regra para todo o comportamento divino na natureza e na graça. A luz e as trevas são incompatíveis. Tentar ter ambas no mesmo lugar ao mesmo tempo é tentar o impossível e o resultado será sempre nulo, nem uma nem outra, mas obscuridade e escuridão. 

No mundo dos homens, atualmente são poucos os contornos que se destacam. A raça acha-se decaída. O pecado trouxe confusão. O trigo cresce junto com o joio, as ovelhas e os cabritos coexistem, as terras dos justos e injustos ficam lado a lado na paisagem, a missão tem o bordel como vizinho. 

As coisas, porém, não serão sempre assim. Está chegando a hora em que as ovelhas serão separadas dos cabritos, o joio do trigo. Deus dividirá novamente a luz das trevas e todas as coisas se agruparão segundo a sua espécie, O joio irá para o fogo junto com o joio, e o trigo para o celeiro com o trigo. A névoa se levantará como acontece com a neblina e todos os contornos surgirão nítidos. O inferno será sempre reconhecido como inferno e o céu irá revelar-se como o lar de todos os que possuem a natureza do Deus único. 

Aguardamos com paciência essa hora. Enquanto isso, para cada um de nós e para a igreja onde quer que apareça na sociedade humana, a pergunta repetida deve ser: Com o que devemos unir-nos e do que separar-nos? A questão de coexistência não existe aqui. O trigo cresce no mesmo campo com o joio, mas deve haver polinização mútua entre eles? As ovelhas pastam junto aos cabritos,mas devem procurar cruzamento entre as espécies? Os injustos e os justos gozam da mesma chuva e do mesmo sol, mas devem esquecer suas profundas diferenças morais e casar-se? 

A resposta popular a estas perguntas é afirmativa. Unir-se sempre e os homens serão irmãos apesar de tudo. A unidade é tão preciosa que preço algum é demasiado para alcançá-la e nada é suficientemente importante para manter-nos separados. A verdade é sufocada para celebrar a festa de casamento do céu e do inferno, e tudo isso a fim de apoiar um conceito de unidade que não se baseia na Palavra de Deus. 

A igreja iluminada pelo Espírito não aceita isso. Num mundo caído como o nosso a unidade não é um tesouro que deva ser comprado ao preço da transigência. A lealdade a Deus, a fidelidade à verdade e à preservação de uma boa consciência são joias mais preciosas do que o ouro de Ofir ou os diamantes extraídos da mina. Por causa dessas jóias homens sofreram a perda de propriedades, a prisão e até a morte; por elas, mesmo em épocas recentes, por trás das várias cortinas, os seguidores de Cristo pagaram até o último centavo o preço de sua devoção e morreram silenciosamente, desconhecidos e não aplaudidos pelo grande mundo, mas conhecidos de Deus e caros ao seu coração paterno. No dia em que forem declarados os segredos de todas as almas, eles irão apresentar-se para receber as obras feitas no corpo. Esses são certamente filósofos mais sábios do que os seguidores religiosos da unidade sem significado, que não possuem coragem suficiente para colocar-se contra as modas correntes e que clamam por irmandade só porque tal coisa acha-se no momento em foco. 

"Divida e conquiste" é o refrão cínico dos líderes políticos maquiavélicos, mas Satanás sabe também como unir e conquistar. A fim de colocar uma nação de joelhos o ditador em potencial precisa primeiro uni-la.Através de apelos repetidos ao orgulho nacional ou à necessidade de vingar-sede alguma injustiça passada ou presente, o demagogo consegue unir a população à sua volta. Depois disso é fácil dominar os militares e submeter o legislativo.Segue-se então, na verdade, uma unidade quase perfeita, mas trata-se da unidade do curral ou do campo de concentração. Vimos isto acontecer várias vezes neste século, e o mundo irá vê-la uma vez mais quando as nações da terra se unirem sob o Anticristo. 

Quando as ovelhas confusas começam a cair num despenhadeiro,a ovelha que quiser salvar-se individualmente precisa separar-se do rebanho. A unidade perfeita em tal momento só pode significar destruição total para todos.A ovelha sábia, para salvar sua própria pele, se afasta. 

O poder se encontra na união de coisas homogêneas e na divisão das heterogêneas. Talvez aquilo que precisamos nos círculos religiosos de hoje não seja mais união, mas certa divisão sábia e corajosa. Todos desejam a paz, mas pode ser que o reavivamento use a espada.

Autor: A. W. Tozer
Fonte: Josemar Bessa
#MelhorDeTozer

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

Sofrimentos de Paulo um verdadeiro apóstolo.



Sofrimentos de Paulo


Texto áureo > 2 co 11.23-27


DEUS LHE DISSE:

“EU LHE MOSTRAREI O QUANTO IMPORTA SOFRER PELO MEU NOME” (AT. 9.16).

Texto de apoio: 2ª Cor. 11.23-27


Foi perseguido em Damasco;

Foi rejeitado em Jerusalém;

Foi esquecido em Tarso;

Foi apedrejado em Listra;

Foi açoitado e preso em Filipos;

Foi escorraçado de Tessalônica e Beréia;

Foi chamado de tagarela em Atenas;

Foi chamado de impostor em Corinto;

Foi duramente atacado em Éfeso;

Foi preso em Jerusalém;

Foi acusado em Cesaréia;

Foi vítima de naufrágio indo para Roma;

Foi picado por uma serpente em Malta

Foi preso e degolado em Roma.

Com base na segunda carta a Timóteo vemos que:

1. Paulo sofreu a dor da solidão - Gente precisa de Deus. Mas gente também precisa de gente. O que Paulo pediu para Timóteo:

A. Procura vir ter comigo depressa (v. 9-10);

B. Toma contigo a Marcos e traze-o contigo (v. 11);

C. Apressa-te a vir antes do inverno (v. 21).

2. Paulo sofreu a dor do abandono – Na hora que mais Paulo precisou de ajuda foi abandonado e esquecido na prisão. Caminhou sozinho para o Getsêmani do seu martírio, assistido apenas pela graça de Deus. Diz ele: “Demas, tendo amado o presente século me abandonou...” (v. 10). Na hora que estamos sofrendo, precisamos de amigos por perto.


3. Paulo sofreu a dor da ingratidão – Paulo diz: “Na minha primeira defesa, ninguém foi a meu favor; antes, todos me abandonaram” (v. 16). Paulo deu sua vida pelos outros; agora, que precisa de ajuda ninguém se arrisca por ele. De que Paulo devia estar sendo acusado?

• Ateísmo – porque se abstinha do culto ao imperador e idolatria;

• Canibalismo – porque os crentes falavam em comer a carne e beber o sangue de Cristo quando celebravam a Ceia do Senhor.


4. Paulo sofreu a dor da perseguição – Paulo diz: “Alexandre, o latoeiro, causou-me muitos males; o Senhor lhe dará a paga segundo as suas obras” (v. 14). Este homem foi quem delatou Paulo, culminando na sua segunda prisão e conseqüente martírio.

No verso 18, encontramos o que nos falta hoje. Paulo apesar das lutas e dificuldades, das perseguições e prisões, exalta a DEUS dizendo:

“O Senhor me livrará também de toda obra maligna e me levará salvo para o seu reino celestial. A Ele, glória pelos séculos dos séculos. Amem!”

Voltemos agora à carta aos romanos, e vejamos quão profunda é a mensagem de DEUS para o homem cristão;

Romanos 8.18

“Porque para mim tenho por certo que os sofrimentos do tempo presente não podem ser comparados com a gloria a ser revelada em nós.”

Para finalizar, vejamos o que o apostolo Paulo nos diz em Romanos 8.34-39.

Conclusão:

Ele disse para a igreja da Galácia: “Eu trago no corpo as marcas de Jesus” (Gálatas 6.17). Ele falou de lutas por dentro e temores por fora, de trabalhos, prisões, açoites, perigos de morte, fustigado com varas, apedrejado, naufrágio, fome, sede, nudez, e a preocupação com todas as igrejas.

O nosso sofrimento não é sinal de que estamos longe de Deus, ou de que estamos fora da sua vontade. Quando passamos por dificuldades, temos o dever de orar a Deus pedindo discernimento sobre o momento em que nos encontramos . “Eu tenho por certo que o sofrimento do tempo presente, não podem ser comparados com as glórias do por vir a serem reveladas em nós.” Diz ainda: “A nossa leve e momentânea tribulação, produz para nós eterno peso de glória”.

Hernandes Dias Lopes

sábado, 7 de fevereiro de 2015

Você sabe o que é a TULIP?




TULIP - A ROSA DO EVANGELHO        
   
Contexto Histórico: Na Holanda nos anos de 1600 a Igreja Cristã sofreu uma crise interna, pois, havia um pastor na igreja que estava ensinando doutrinas contrárias às confissões adotadas pela Igreja Cristã Reformada. O nome deste homem era Jacob Armínio, este teólogo passou a negar a SOBERANIA DE DEUS NA SALVAÇÃO DOS HOMENS. Após, a sua morte os seus alunos criaram um protesto - chamado de A Remonstrance - e formularam os cinco pontos do arminianismo (recebeu esse nome em homenagem ao Tiago Armínio), neste protesto este grupo queria que as doutrinas da Igreja da Holanda - conhecida como Igreja Reformada - fossem alteradas. Os Arminianos sustentam cinco ideias:

1 – O homem tem livre-arbítrio;
2 – Deus escolhe prevendo a fé dos homens;
3 – Jesus morreu para salvar cada pessoa deste mundo;
4 – O homem pode resistir ao chamado do Espírito Santo para a salvação;
5 – A salvação pode ser perdida.

Essas eram as formulações dos arminianos; então, foi necessário formular um Sínodo na cidade de Dort, nos anos de 1618-1619, para estudar a questão, e no final ficou decidido que a igreja continuaria com as doutrinas esboçadas em suas confissões e catecismos, e assim, formularam a resposta aos arminianos em cinco proposições que ficaram conhecidas como os Cinco Pontos do Calvinismo. E usaram o nome TULIP – NOME DE UMA ROSA DA SUIÇA. Para facilitar o entendimento dessas doutrinas:

1 - Total Depravação do homem.
2 – Uma Eleição Incondicional.
3 – Limitada Expiação.
4 – Irresistível Graça
5 – Perseverança dos Santos.

Breve Exposição dos Cinco Pontos do Calvinismo:

 1 - Total Depravação do homem: o homem é escravo do pecado não tendo liberdade para aceitar a Jesus, ou seja, ele não tem livre-arbítrio: Por quê?

a)      Ele está morto: Efésios 2.1-3.

b)      Nasce no pecado: Salmos 51.5

c)      Nasce desviado: Salmos 58.3.

d)      Tem um coração enganoso: Jeremias 17.9.

e)      Só sabe fazer o que é mal: Jeremias 13.23.

f)       Está mergulhado no pecado: Romanos 3.9-18.

2 – Uma Eleição Incondicional: Deus antes que mundo fosse criado decidiu escolher da humanidade pecaminosa quem ele iria salvar; a escolha de Deus não se baseia em fé prevista, mas unicamente na sua Vontade Soberana em escolher a quem quer salvar. Por quê?

a)      Jesus chama os salvos de eleitos: Mateus 24.24,31; Marcos 13.20.

b)      A Bíblia afirma a predestinação: Efésios 1.3-5; Romanos 8.33; Colossenses 3.12; 2 Tessalonicenses 2.13; 2 Timóteo 2.10 – note as expressões: eleitos, predestinados.

3 – Limitada Expiação: Jesus morreu na cruz do calvário para salvar apenas os eleitos de Deus; por quê?

a)      Jesus morreu em lugar de “muitos” e não de “todos”

Mateus 20.28: “tal como o Filho do Homem, que não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos.”.

Hebreus 9.28: “assim também Cristo, tendo-se oferecido uma vez para sempre para tirar os pecados de muitos, aparecerá segunda vez, sem pecado, aos que o aguardam para a salvação.”.

b)      Os “muitos”, em lugar dos quais, Jesus morreu, são o “seu povo”, as “suas ovelhas”, a “sua igreja”, “os eleitos”. Mateus 1.21: “Ela dará à luz um filho e lhe porás o nome de Jesus, porque ele salvará o seu povo dos pecados deles.” João 10.11, 14, 15: “Eu sou o bom pastor. O bom pastor dá a vida pelas ovelhas. Eu sou o bom pastor; conheço as minhas ovelhas, e elas me conhecem a mim, assim como o Pai me conhece a mim, e eu conheço o Pai; e dou a minha vida pelas ovelhas.” Atos 20.28: “Atendei por vós e por todo o rebanho sobre o qual o Espírito Santo vos constituiu bispos, para pastoreardes a igreja de Deus, a qual ele comprou com o seu próprio sangue.” Efésios 5.25: “Maridos, amai vossa mulher, como também Cristo amou a igreja e a si mesmo se entregou por ela”. Romanos 8.33,34: “Quem intentará acusação contra os eleitos de Deus? É Deus quem os justifica. Quem os condenará? É Cristo Jesus quem morreu ou, antes, quem ressuscitou, o qual está à direita de Deus e também intercede por nós.”.

4 – Irresistível Graça: O Espírito Santo atrai os eleitos para Cristo, regenerando os seus corações de forma tal que eles não podem resistir à ação soberana do Espírito de Deus. Por quê?

a)      O homem é incapaz de vir a cristo por si só: João 6.44.

b)      A regeneração é obra do Espírito Santo: João 1.12-13; 3.3;

c)      O Espírito abre o coração do pecador: ATOS 16.14.

5 – Perseverança dos Santos: Os eleitos jamais caem total e finalmente do estado de graça no qual foram chamados. Ou seja, a salvação não se perde. Por quê?

a)      Deus completará a obra da redenção: Filipenses 1.6

b)      As ovelhas de Cristo têm VIDA ETERNA: João 10.27-30.

c)      Nada pode separar os eleitos do amor de Deus: Romanos 8.33-39.

Rev. João Ricardo Ferreira de França.

Soli Deo Glória!

sábado, 31 de janeiro de 2015

"A quem nós iremos" e-book Projeto Ryle



Sermão pregado na Universidade de Oxford por volta de 1880, por J.C.Ryle

1° Bispo da Diocese da Igreja da Inglaterra em Liverpool

E publicado como capítulo do livro

“Cenáculo: Algumas verdades para os tempos”
EPUB E MOBI EM BREVE

Respondeu-lhe, pois, Simão Pedro: Senhor, para quem iremos nós? Tu tens as palavras de vida eterna. João 6:68
O capítulo do texto que encabeça esta página é riquíssimo em assunto. Ele começa, devemos lembrar, com aquele milagre bem conhecido, a multiplicação dos cinco pães e dois peixes para alimentar 5000 homens – o que alguns escritores antigos chamam de o maior prodígio que Cristo já operou – o único que os quatro evangelistas registram; um feito que mostrou poder criativo.

Continuar lendo.
Fonte: http://www.projetoryle.com.br/
http://www.projetoryle.com.br/

quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

A Doutrina Reformada da Predestinação
por
Loraine Boettner D.D.a
Copyright 1932

Capítulo 22
Que Contradiz As Passagens Universalistas da Bíblia

1. Os Termos "Vontade" e "Todos". 2. O Evangelho Tanto É Para Judeus como Para Gentios.
3. O Termo "Mundo" É Usado Em Vários Sentidos. 4. Considerações Gerais.

1. OS TERMOS "DESEJO", "VONTADE", E "TODOS"

Pode ser questionado, A doutrina da Predestinação não é direta e completamente contradita pelas Escrituras, as quais declaram que Cristo morreu por "todos os homens", ou por "todo o mundo", e que Deus quer a salvação de todos os homens? Em I Timóteo 2:3, 4 Paulo refere-se a "...Deus nosso Salvador, o qual deseja que todos os homens sejam salvos e cheguem ao pleno conhecimento da verdade" (e a palavra "todos", nos é dogmaticamente informada por nossos oponentes, deve significar cada ser humano). Em Ezequiel 33:11 lemos, "...Vivo eu, diz o Senhor Deus, que não tenho prazer na morte do ímpio, mas sim em que o ímpio se converta do seu caminho, e viva."; e em II Pedro 3:9 lemos que Deus está "...não querendo que ninguém se perca, senão que todos venham a arrepender-se." Esta mesma passagem, 'Versão King James', é lida, "Não desejando que nenhuma alma pereça..."
Estes versículos simplesmente ensinam que Deus é benevolente, e que ele não tem prazer nos sofrimentos das Suas criaturas não mais do que um pai tem prazer no castigo que algumas vezes ele inflige no seu filho. Deus não quer 'decretivamente' (como por decreto Seu) a salvação de todos os homens, não importa o quanto Ele possa desejá-la; e se quaisquer versículos ensinassem que Ele 'decretivamente' desejou ou intencionou a salvação de todos os homens, eles contradiriam aquelas outras passagens das Escrituras que ensinam que Deus soberanamente governa e que o Seu propósito é deixar alguns homens para serem punidos.
A palavra "querer" é utilizada em sentidos diferentes tanto na Bíblia como em nossas conversas diárias. Ela é algumas vezes usada no sentido de "decreto", ou "propósito", e algumas vezes no sentido de "desejo", ou "vontade". Um juiz reto e justo não quererá (no sentido de desejo) que ninguém seja enforcado ou sentenciado à prisão, todavia ele quer (pronunciando sentença, ou decretos) que a pessoa culpada seja assim punida, castigada. No mesmo sentido e por razões suficientes, um homem pode querer ou decidir ter um membro removido ou um olho extraído, muito embora ele certamente não o deseje. Os vocábulos Gregos "thelo" e "boulomai", os quais são algumas vezes traduzidos por "querer", são também utilizados no sentido de "desejo" ou "vontade"; por exemplo, Jesus disse à mãe de Tiago e de João, "...Que queres?..."[Mateus 20:21]; dos escribas foi escrito que eles "...querem andar com vestes compridas..."[Lucas 20:46]; certos Escribas e Fariseus disseram a Jesus, "...Mestre, queremos ver da tua parte algum sinal."[Mateus 12:38]; Paulo disse, "...eu antes quero falar cinco palavras com o meu entendimento, para que possa também instruir os outros, do que dez mil palavras em língua."[I Coríntios 14:19].
De maneira similar, a palavra "todos" é sem qualquer erro usada em sentidos diferentes nas Escrituras. Em alguns casos ela certamente não significa cada indivíduo; por exemplo, acerca de João Batista foi dito, "E saíam a ter com ele toda a terra da Judéia, e todos os moradores de Jerusalém; e eram por ele batizados no rio Jordão, confessando os seus pecados."[Marcos 1:5]. Depois de Pedro e João haverem curado o paralítico à porta do templo, lemos que "......todos glorificavam a Deus pelo que acontecera."[Atos 4:21]. Jesus disse aos Seus discípulos que eles seriam "...odiados de todos..."[Lucas 21:17] por causa do Seu nome. Paulo foi acusado de ser "...o homem que por toda parte ensina a todos contra o povo, contra a lei, e contra este lugar..."[Atos 21:28]. Quando Jesus disse, "E eu, quando for levantado da terra, todos atrairei a mim."[João 12:32], ele queria dizer plenamente não cada indivíduo da raça humana, pois a história mostra que nem todos indivíduos foram atraídos a Ele. Ele certamente não atrai a Si os muitos milhões de ateus que morrem em ignorância absoluta acerca do Deus verdadeiro. O que Ele quis dizer foi, que uma grande multidão de todas as nações e classes seria salva; e isto é o que vemos começar a ocorrer. Em Hebreus 2:9, lemos que Jesus provou a morte por cada homem [N.T.: a versão da Bíblia utilizada durante a presente tradução (i.e. http://www.jesussite.com.br/bibliaonline.asp) apresenta o versículo com as seguintes palavras: "vemos, porém, aquele que foi feito um pouco menor que os anjos, Jesus, coroado de glória e honra, por causa da paixão da morte, para que, pela graça de Deus, provasse a morte por todos.) O original em Grego, no entanto, não utiliza a palavra "homem", mas simplesmente a palavra "cada". Então, em princípio, se o significado não é para ser limitado àqueles que são realmente salvos, por que limitá-lo aos homens? Por que não incluir os anjos caídos, mesmo o próprio Diabo, e os animais irracionais?
O versículo em I Coríntios 15:22 é provavelmente aquele mais freqüentemente cotado pelos Arminianos para refutar o Calvinismo. Nele lê-se: "Pois como em Adão todos morrem, do mesmo modo em Cristo todos serão vivificados." O versículo é, contudo, inteiramente irrelevante. Tal versículo é do famoso 'capítulo da ressurreição' escrito por Paulo, e o contexto deixa claro que ele não está falando sobre a vida nesta era, seja vida física ou espiritual, mas acerca da vida ressurreta. Nos versos 20 e 21, lemos: "(20) Mas na realidade Cristo foi ressuscitado dentre os mortos, sendo ele as primícias dos que dormem. (21) Porque, assim como por um homem veio a morte, também por um homem veio a ressurreição dos mortos." Em seguida vem o versículo 22, "Pois como em Adão todos morrem, do mesmo modo em Cristo todos serão vivificados."; que ele refere-se não à regeneração ou a uma vivificação neste mundo presente, mas à nova vida a qual é dada na ressurreição, é deixado bem claro nos versículos subsequentes: "(23) - Cada um, porém, na sua ordem: Cristo as primícias, depois os que são de Cristo, na sua vinda. (24) Então virá o fim quando ele entregar o reino a Deus o Pai..." Cristo é o primeiro a entrar na vida ressurreta, então, quando ele vier, o Seu povo também entrará na sua vida ressurreta. Então virá o fim, isto é, o fim do mundo, e a introdução do céu em sua plenitude; e o que Paulo diz é que naquela hora uma vida ressurreta gloriosa se tornará realidade para todos aqueles que estão em Cristo. Isto é possível porque Cristo é a sua cabeça federal e seu representante. Através do Seu poder todos os Seus povos serão elevados a uma nova vida com Ele. E este ponto é ilustrado pelo bem compreendido fato de que a raça caiu em Adão, que agiu como a cabeça federal e representante de toda a raça. O que Paulo diz com efeito é isto: "Pois como em Adão todos morrem, do mesmo modo em Cristo todos serão vivificados." O versículo 22, então, não a algo passado, nem tampouco a alguma coisa no presente, mas sim a algo no futuro; e não tem absolutamente nada a ver com a controvérsia Arminiana - Calvinista.
Não foi a totalidade da humanidade que foi igualmente amada de Deus e indiscriminadamente redimida por Cristo. O louvor de João, "Àquele que nos ama, e pelo seu sangue nos libertou dos nossos pecados, e nos fez reino, sacerdotes para Deus, seu Pai..."[Apocalipse 1:5], evidentemente procede na hipótese de uma eleição definitiva e uma expiação limitada, uma vez que o amor de Deus foi a causa e o sangue de Cristo foi o meio eficaz para a redenção deles. A declaração de que Cristo morreu "por todos" fica ainda mais clara pela canção que os redimidos agora entoam ante o trono do Cordeiro: "Digno és de tomar o livro, e de abrir os seus selos; porque foste morto, e com o teu sangue compraste para Deus homens de toda tribo, e língua, e povo e nação"[Apocalipse 5:9]. A palavra 'todos' deve ser entendida como significando todos os eleitos, toda a Sua Igreja, todos aqueles a quem o Pai deu o Filho, etc., não todos homens universalmente e cada homem individualmente. A multidão de redimidos será constituída de homens de todas as classes e condições de vida, de príncipes e de mendigos, de ricos e de pobres, de prisioneiros e de homens livres, de homens e de mulheres, de jovens e de idosos, de Judeus e de Gentios, homens de todas as nações, e raças, do norte até o sul, e do leste até o oeste.

2. O EVANGELHO TANTO É PARA JUDEUS COMO PARA GENTIOS.

Em algumas instâncias, a palavra "todos" é utilizada de maneira a ensinar que o Evangelho é para os Gentios tanto quanto para os Judeus. Através de muitos séculos da sua história passada, os Judeus foram, com poucas exceções, os recipientes exclusivos da graça salvadora de Deus. Eles grandemente abusaram dos seus privilégios como a nação escolhida. Eles supunham que esta mesma distinção seria mantida durante a era Messiânica; e eles sempre estiveram inclinados a apropriar-se do Messias exclusivamente para si mesmos. O exclusivismo Farisaico era tão rígido que os Gentios eram chamados estrangeiros, cães, comuns, impuros; e não era de conformidade com a lei que um Judeu acompanhasse ou tivesse qualquer coisa a ver com um Gentio [veja em João 4:9 = "Disse-lhe então a mulher samaritana: Como, sendo tu judeu, me pedes de beber a mim, que sou mulher samaritana? (Porque os judeus não se comunicavam com os samaritanos.)" e em Atos 10:28 = "e disse-lhes: Vós bem sabeis que não é lícito a um judeu ajuntar-se ou chegar-se a estrangeiros; mas Deus mostrou-me que a nenhum homem devo chamar comum ou imundo" e em Atos 11:3 = "dizendo: Entraste em casa de homens incircuncisos e comeste com eles"]. A salvação dos Gentios era um mistério que não foi feito conhecido em outras épocas [veja em Efésios 3:4-6 = "(4) pelo que, quando ledes, podeis perceber a minha compreensão do mistério de Cristo, (5) o qual em outras gerações não foi manifestado aos filhos dos homens, como se revelou agora no Espírito aos seus santos apóstolos e profetas, (6) a saber, que os gentios são co-herdeiros e membros do mesmo corpo e co-participantes da promessa em Cristo Jesus por meio do evangelho" e em Colossenses 1:27 = "a quem Deus quis fazer conhecer quais são as riquezas da glória deste mistério entre os gentios, que é Cristo em vós, a esperança da glória"]. Foi por esta razão que Pedro foi arrebatado em êxtase para a tarefa; pela Igreja em Jerusalém após ele haver pregado o Evangelho a Cornélio, e quase que podemos ouvi-los engasgando maravilhados, na exclamação dos líderes, quando após a defesa de Pedro eles disseram: "...Assim, pois, Deus concedeu também aos gentios o arrependimento para a vida."[Atos 11:18]. Para entender que ideia revolucionária era esta, leia o texto todo, em Atos 10:1-11, 18. Consequentemente esta era uma verdade a qual foi peculiarmente necessário enfatizar, e foi trazida à tona nos termos mais fortes e mais completos. Paulo tinha de ser uma testemunha "para todos os homens", isto é, tanto para Judeus como para Gentios", do que ele havia visto e ouvido (veja em Atos 22:15 = "Porque hás de ser sua testemunha para com todos os homens do que tens visto e ouvido"). Como utilizada neste sentido, a palavra "todos" não tem nenhuma referência com indivíduos, mas significa a humanidade em geral.

3. O TERMO "MUNDO" É USADO EM VÁRIOS SENTIDOS.

Quando é dito que Cristo morreu "...não somente pelos nossos, mas também pelos de todo o mundo."[I João 2:2], ou que Ele veio para "...para salvar o mundo."[João 12:47], o significado é que não meramente os Judeus, mas os Gentios também estão incluídos na Sua obra salvadora; o mundo como um mundo ou a raça como uma raça será redimido. Quando João Batista disse, "Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo."[João 1:29] ele não estava fazendo um discurso teológico para os santos, mas pregando para pecadores; e a coisa não natural então teria sido que ele discursasse sobre Expiação Limitada ou qualquer outra doutrina a qual pudesse ser compreendida somente por santos. Nos é dito que João Batista "...veio como testemunha, a fim de dar testemunho da luz, para que todos cressem por meio dele."[João 1:7]. Mas dizer que o ministério de João proporcionava uma oportunidade para cada ser humano ter fé em Cristo seria irracional. João nunca pregou para os Gentios. A sua missão era fazer com que Cristo "...fosse manifestado a Israel..."[João 1:31]; e na natureza do caso somente um número limitado dos Judeus poderia ser trazido para ouvi-lo.
Algumas vezes o termo "mundo" é usado quando somente refere-se a uma grande parte do mundo, como quando é dito que o Diabo é "o enganador de todo o mundo", ou que "toda a terra" maravilhou-se e seguiu a besta (Apocalipse 13;3). Se ao escrever o versículo em I João 5:19, "Sabemos que somos de Deus, e que o mundo inteiro jaz no Maligno" o autor quis dizer cada indivíduo da raça humana, então ele e aqueles para quem ele escreveu estavam também no maligno, e ele estaria em contradição consigo mesmo, ao dizer que eles eram de Deus. Algumas vezes este termo significa somente que uma relativamente pequena parte do mundo, como quando Paulo escreveu à nova Igreja Cristã em Roma que "...em todo o mundo é anunciada a vossa fé"[Romanos 1:8]. Ninguém a não ser os crentes aplaudiriam àqueles Romanos por sua fé em Cristo, e na verdade o mundo no sentido mais amplo da palavra nem sequer sabia que existia tal Igreja em Roma. Assim é que Paulo quis dizer somente que 'o mundo crente' ou a Igreja Cristã, o que era então uma parte comparativamente insignificante do mundo real. Um pouco antes que Jesus nascesse, "...saiu um decreto da parte de César Augusto, para que todo o mundo fosse recenseado . . . . E todos iam alistar-se..."[Lucas 2:1, 3]; todavia sabemos que o escritos tinha em mente somente aquela comparativamente pequena parte do mundo que era controlada por Roma. Quando foi dito que no dia de Pentecostes, "Habitavam então em Jerusalém judeus, homens piedosos, de todas as nações que há debaixo do céu."[Atos 2:5], entendia-se tratar somente aquelas nações que eram imediatamente conhecidas dos Judeus, já que os versículos de números 9, 10 e 11 listavam todas as que ali estavam representadas. Paulo diz que o Evangelho "...foi pregado a toda criatura que há debaixo do céu..."[Colossenses 1:23]. Da deusa dos Efésios, Diana, foi dito ter sido adorada por "toda a Ásia e o mundo..."[Atos 19:27]. A nós foi dito que a fome que veio sobre o Egito no tempo de José "...prevaleceu em todas as terras" e que "...de todas as terras vinham ao Egito, para comprarem de José..."[Gênesis 41:57].

Numa conversação normal, muitas vezes falamos do mundo dos negócios, do mundo educacional, do mundo político, etc., mas não queremos dizer que toda pessoa no mundo é um executivo, ou graduado, ou um político. Quando dizemos que um certo fabricante de automóveis vende automóveis para todo mundo, não queremos com isso dizer que eles realmente vendem para cada indivíduo, mas que eles vendem carros para todo aquele que quiser pagar o seu preço. Podemos dizer de um professor de literatura numa cidade, que ele leciona para todo mundo, -- não que todo o mundo estude com ele, mas todos aqueles que pelo menos estudam, naquela cidade, o fazem com ele. A Bíblia é escrita na linguagem plena do povo, e deve ser assim entendida.
Versículos como João 3:16, "Pois Deus amou o mundo de tal maneira, que deu o Seu Filho Unigênito, para que todo aquele que n'Ele crê não pereça, mas tenha a vida eterna", dá prova abundante de que a redenção que os Judeus pensaram em monopolizar é universal tanto quanto o espaço. Deus amou o mundo de tal maneira, não uma pequena porção do mundo, mas o mundo inteiro, que Ele deu o Seu Filho Unigênito para a sua redenção. E não somente a extensão, mas a intensidade do amor de Deus são claramente demonstradas pela importante expressão adverbial 'de tal maneira', -- Deus amou o mundo de tal maneira; Deus amou o mundo tanto, apesar da perversidade, da impiedade do mundo, que Ele deu o Seu Filho Unigênito para morrer por ele. Mas onde está a tão propalada prova da sua universalidade para com os indivíduos? Este versículo é algumas vezes pressionado a tal extremo que Deus é representado como amoroso demais para punir qualquer um, e tão cheio de misericórdia que Ele não lidará com os homens de acordo com nenhum standard, nenhum padrão rígido de justiça, independentemente dos seus merecimentos. O leitor atento, ao comparar este versículo com outros na Bíblia, verá que alguma restrição precisa ser colocada na palavra "mundo". Um escritor perguntou, "Amou Deus a Faraó?" (veja em Romanos 9:17 = "Porque a Escritura diz a Faraó: Para isto mesmo te levantei, para mostrar em ti o meu poder e para que o meu nome seja anunciado por toda a terra."). Amou Ele os Amalequitas (veja em Êxodo 17:14 = "Então, disse o Senhor a Moisés: Escreve isto para memória num livro e repete-o a Josué; porque Eu hei de riscar totalmente a memória de Amaleque de debaixo do céu."). Amou Deus os Canaanitas, a quem Ele comandou serem exterminados sem misericórdia? (veja em Deuteronômio 20:16 = "Porém, das cidades destas nações que o Senhor, teu Deus, te dá em herança, não deixarás com vida tudo o que tem fôlego."). Amou Deus os Amonitas e Moabitas, a quem Ele comandou não serem recebidos na congregação para sempre? (veja em Deuteronômio 23:3 = "Nenhum Amonita ou Moabita entrará na assembléia do Senhor; nem ainda a sua décima geração entrará na assembléia do Senhor, eternamente."). Ama Deus os que praticam a iniquidade? (veja em Salmos 5:5 = "Os arrogantes não permanecerão à tua vista; aborreces a todos os que praticam a iniquidade."). Ele ama os vasos de ira preparados para destruição, os quais Ele suporta com muita longanimidade? (veja em Romanos 9:22 = "Que diremos, pois, se Deus, querendo mostrar a Sua ira e dar a conhecer o Seu poder, suportou com muita longanimidade os vasos de ira, preparados para a perdição,"). Amou Deus a Esaú? (veja em Romanos 9:13 = "Como está escrito: Amei Jacó, porém me aborreci de Esaú.")."

4. CONSIDERAÇÕES GERAIS.

Nem o convite profético, "Ah! Todos vós, os que tendes sede, vinde às águas; e vós, os que não tendes dinheiro, vinde, comprai e comei; sim, vinde e comprai, sem dinheiro e sem preço, vinho e leite."[Isaías 55:1] e outras referências no mesmo sentido, contradizem este ponto de vista; pois a maioria da humanidade não está sedenta mas morta, morta em pecado, sem esperança e servidores aplicados de Satã, e em nenhum estado de fome e de sede, atrás da retidão. O convite gracioso de vir a Cristo é rejeitado, não porque haja qualquer coisa fora a sua própria pessoa que impeça a sua vinda, mas porque até que lhes seja graciosamente dado um novo nascimento através do operar do Espírito Santo eles não têm nem a vontade nem o desejo de aceitar. É Deus Quem dá esta vontade e Quem excita este desejo naqueles que são predestinados para a vida (veja em Romanos 11:7, 8 = "Que diremos, pois? O que Israel busca, isso não conseguiu; mas a eleição o alcançou; e os mais foram endurecidos, como está escrito: Deus lhes deu espírito de entorpecimento, olhos para não ver e ouvidos para não ouvir, até o dia de hoje." e em Romanos 9:18 = "Logo, tem Ele misericórdia que quem quer e também endurece a quem Lhe apraz."). Ele que quer, pode vir; mas uma pessoa que está completamente imersa em ateísmo, por exemplo, não tem chance de ouvir a oferta do Evangelho e não pose possivelmente vir. "E, assim, a fé vem pela pregação..."[Romanos 10:17]; e onde não há fé, não pode haver salvação. Nem pode vir aquela pessoa que ouviu o Evangelho mas que ainda é governada por princípios e desejos que fazem com que ela O odeie. Ele é um escravo do pecado e age de acordo. Ele, que quer, pode escapar de um prédio em chamas enquanto as escadas ainda estiverem seguras; mas ele que está dormindo, ou ele que não pensa seriamente no incêndio o bastante para fugir dele, não tem a vontade, e perece nas chamas. Clark diz, "Os Arminianos são fãs de dizerem: 'quem quer que seja que queira, virá', ou 'Quem quer que creia', implicando assim que a crença e a decisão são na totalidade atos de homem, e que tal fato é um golpe na soberana eleição. Verdadeiras como estas declarações são, elas não tocam no ponto em discussão. A quilômetros mais abaixo, está o ponto vital; como uma pessoa passa a querer? Se alguém quer, ele pode certamente escolher; mas a natureza pecaminosa avessa a Deus precisa ser modificada, para passar a querer, pela palavra de Deus, pela graça de Deus, pelo Espírito de Deus, ou por uma intervenção soberana." 1 Estritamente falando, estas não são ofertas divinas que são feitas indiscriminadamente a toda a humanidade, mas são endereçadas a um povo escolhido e são incidentalmente ouvidas por outros.
Se as palavras em I Timóteo 2:4, que Deus "O Qual deseja que todos os homens sejam salvos e cheguem ao pleno conhecimento da verdade.", fossem tomadas no sentido Arminiano, seguiria que, ou Deus está desapontado nos Seus desejos, ou todos os homens são salvos, sem exceção. Ademais, a doutrina que imputa desapontamento à Deidade, contradiz a classe de passagens Bíblicas as quais ensinam a soberania de Deus. A Sua vontade neste aspecto tem sido a mesma através dos séculos. E se Ele tivesse querido que os Gentios fossem salvos, por que foi que Ele confinou o conhecimento do meio de salvação aos limites estreitos da Judeia? Certamente ninguém negará que Ele poderia tão facilmente ter feito o Seu Evangelho conhecido tanto aos Gentios como aos Judeus. Onde Ele não proveu os meios, podemos estar seguros de que Ele não designou os fins. Vale a pena citar a resposta de Agostinho àqueles que adiantaram esta objeção no seu tempo: "quando o nosso Senhor lamenta que embora Ele desejasse juntar os filhos de Jerusalém como uma galinha ajunta os seus pintinhos debaixo das suas asas, mas ela (Jerusalém) não quis, devemos considerar que a vontade de Deus foi sobrepujada por um número de homens fracos, de modo que Ele que era o Deus Onipotente não poderia fazer o que Ele desejasse ou o que Ele quisesse fazer? Se é assim, no que se transforma então aquela onipotência pela qual Ele fez todas as coisas que O agradaram tanto no céu como na terra? Mais ainda, quem será encontrado tão irracional para dizer que Deus não pode converter as vontades más dos homens, os quais Lhe aprouver, quando Lhe aprouver, e como Lhe aprouver, em boas? Agora, quando Ele assim o faz, Ele o faz em misericórdia, e quando Ele não o faz, em julgamento Ele não faz." Versículos como I Timóteo 2:4 parecem ser melhor compreendidos não referirem-se aos homens individualmente, mas como um ensinamento da verdade geral que Deus é benevolente e que Ele não se alegra nos sofrimentos e na morte das suas criaturas. Pode ser ainda assinalado que se as passagens universalistas forem tomadas num sentido evangélico e aplicadas tão largamente quanto os Arminianos desejam aplicá-las, elas provarão a salvação universal, -- um resultado que é contradito pela Escritura, e o qual na verdade não é sustentado nem pelos próprios Arminianos.
Como apresentado no capítulo sobre a Expiação Limitada, há um sentido no qual Cristo de fato morreu pela humanidade em geral. Nenhuma distinção é feita quanto a idade ou país, caráter ou condição. A raça caiu em Adão e a raça no sentido coletivo foi redimida em Cristo. A obra de Cristo arrestou a execução imediata do castigo do pecado, como relacionado a toda a raça. Sua obra também traz muitas bênçãos temporais e físicas à humanidade em geral, e estabelece a fundação para a oferta do Evangelho a todos quantos O ouçam. Estes são os resultados admitidos serem da Sua obra e aplicados à toda a humanidade. Todavia isto não quer dizer que Ele morreu igualmente e que com o mesmo desígnio para todos.
É verdade que alguns versículos isolados parecem realmente implicar na posição Arminiana. Isto, contudo, reduziria a Bíblia a uma massa de contradições; pois há outros versículos os quais ensinam a Predestinação, a Incapacidade (Depravação), a Eleição, a Perseverança e etc., e os quais não podem por quaisquer meios legítimos serem interpretados em harmonia com o Arminianismo. Assim é que nesses casos, o significado do escritor sagrado pode ser determinado somente pela analogia da Escritura. Uma vez que a Bíblia é a palavra de Deus, ela é consistente em si mesma. Consequentemente, se encontramos uma passagem a qual em si mesma é capaz de duas interpretações, uma que harmoniza-se com o restante das Escrituras, enquanto que a outra não, é nosso dever então aceitar a primeira. É um princípio de interpretação reconhecido que as passagens mais obscuras devem ser interpretadas à luz de passagens mais claras, e não vice versa. Tem sido mostrado a nós que à evidência a qual é trazida à tona em defesa do Arminianismo, e a qual à primeira vista parece possuir considerável plausibilidade, pode legitimamente ser dada uma interpretação que se harmoniza com o Calvinismo. À vista das muitas passagens Calvinistas, e da ausência de qualquer uma passagem genuinamente Arminiana, nós sem hesitação fazemos a assertiva de que o sistema teológico Calvinista é o sistema verdadeiro.
Este é o verdadeiro universalismo das Escrituras Sagradas -- a Cristianização universal do mundo e a derrota completa das forças de perversidade, de impiedade espiritual. 'isto, é claro, não significa que cada indivíduo será salvo, pois muitos estão inquestionavelmente perdidos. Tanto quanto na salvação do indivíduo, perde-se muito possível serviço a Cristo e muitos pecados são cometidos antes que a salvação seja completa, assim também o é na salvação do mundo. Um número considerável são perdidos; todavia o processo de salvação terminará num grande triunfo, e os nossos olhos ainda verão "o espetáculo glorioso de um mundo salvo." As palavras do Dr. Warfield são aqui muito apropriadas: "A raça humana prossegue para o objetivo para o qual ela foi criada, e o pecado não arranca isto das mãos de Deus; o propósito primário de Deus para com ela (a raça humana) é alcançado; e através de Cristo, a raça humana, embora caída no pecado, é recuperada para Deus e alcança o seu destino original." 2
Então, enquanto o Arminianismo nos oferece um universalismo espúrio, o qual é no máximo um universalismo de oportunidade, o Calvinismo nos oferece o universalismo verdadeiro, na salvação da raça. E somente o Calvinista, com a sua ênfase nas doutrinas da Eleição soberana e da graça Eficaz, pode olhar para o futuro com confiança, esperando ver um mundo redimido.


Tradução livre: Eli Daniel da Silva
Belo Horizonte, 26 Novembro 2002

terça-feira, 27 de janeiro de 2015


NA CRUZ.

Na cruz não há lugar para ídolos ou fãs, pois ela não nos oferece espaço para astros e celebridades...
Na cruz não há espaço para fama, para carreiras, para status...
Nela não encontramos lugar algum para glória humana. 
A cruz é lugar de morte e vida, nela somos batizados na morte de Cristo recebendo o perdão e a vida eterna por seu sacrifício. A Cruz não nos oferece outra certeza que não seja a da salvação. Não encontramos na cruz nenhuma receita de vida próspera, nenhum catálogo de direitos os quais podemos exigir de Cristo. Não, definitivamente não... Ela nos atrai para morte, pois nela morremos em Cristo para a vida eterna...
Ela não é uma tentativa de salvar ou consertar algo. Ela é eficaz, totalmente eficaz...

Angelo dos Santos