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domingo, 8 de março de 2015

Série: Vinho nas Escrituras 2

“OINOS” – VINHO

Esta palavra é encontrada pelo menos 33 vezes em 25 versículos (sendo repetida em alguns versículos), é traduzida: “vinho” em todas as ocorrências pela versão Revista e Atualizada do Novo Testamento. Tornando evidente que vinho “oinos” contém álcool como em algumas passagens como: “E não vos embriagueis com vinho, no qual há dissolução, mas enchei-vos do Espírito” (Ef 5:18).


Este é o tipo de vinho utilizado na última ceia, mesmo não identificado diretamente, visto que a palavra vinho não ocorre nesse texto. De qualquer forma, os primeiros cristãos celebravam a ceia com vinho inebriante, conforme o texto nos afirma: “ao comerdes, cada um toma, antecipadamente, a sua própria ceia; e há quem tenha fome, ao passo que há também quem se embriague” 1Co 11:21.

Série: Vinho nas Escrituras 1

Série: Vinho nas Escrituras

Algumas colocações de João Calvino sobre “vinho” em seu comentário clássico de Gênesis.

Quanto à palavra shakar, eles “se alegraram”, significa, ou que eles não costumavam beber vinho sempre, ou que houve mais do que uma tolerância comum quando estavam às suntuosas mesas estendidas para eles. Aqui, porém, o texto não implica nenhuma intemperança (de sorte que os beberrões não podem apelar para o exemplo dos santos pais como pretexto para o seu delito), mas o que houve foi uma honrosa e moderada liberalidade. Reconheço, na verdade, que a palavra tem sentido duplo, e muitas vezes, é tomada em mau sentido, como em Gênesis 9.21, e em passagens semelhantes; mas no presente caso o propósito de Moisés é claro. Alguém poderia objetar que o uso frugal dos alimentos e da bebida é simplesmente que seja suficiente para a nutrição do nosso corpo. Respondo que, muito embora o alimento seja propriamente para suprir as nossas necessidades, todavia o uso legítimo dele pode ir um pouco mais longe. Pois não é em vão que o nosso alimento tem sabor, além de conter alimento nutritivo vital. Pois dessa forma o nosso Pai celestial docemente nos deleita com suas iguarias. E sua benignidade não é recomendada em vão no Salmo 104.15, onde se declara que ele cria “o vinho, que alegra o coração do homem”.



Fonte: John Calvin, Commentaries on the First Book of Moses Called Genesis, traduzido para o inglês por John King (Grand Rapids, Michigan: Eerdmans, 1948), 362,3.

sexta-feira, 6 de março de 2015

A igreja das cinco solas.

A igreja das cinco solas.

A igreja deve estar fundamentada sobre a Palavra de Deus, a Bíblia, sendo que, SOMENTE AS ESCRITURAS lhe servem como regra de fé. As tradições e costumes não têm e não podem servir de instrumento de fé e prática para uma igreja que se diz fidedigna a Cristo. As Escrituras foram escritas por homens inspirados por Deus, desta forma, são instrumentos de revelação da vontade de Deus para a igreja.

"Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra" (2ª Timóteo 3.16-17).
"Examinais as Escrituras, porque vós cuidais ter nelas a vida eterna, e são elas que de mim testificam;" (Jo 5.39).
"Porque tudo o que dantes foi escrito, para nosso ensino foi escrito, para que pela paciência e consolação das Escrituras tenhamos esperança." (Rm 15.4).

Baseada nas Escrituras, a igreja deve pregar que:

1- SOLI DEO GLORIA
Que uma devoção aos homens por mais santos que sejam, constitui-se nominalmente idolatria.
Quando a reverência esta beirando as raias de adoração, é preciso firmar a doutrina em que SOMENTE A DEUS PERTENCE A GLORIA. Fundamentada nas Escrituras (Romanos 1.36; Filipenses 4.20; Apocalipse 4.11),assim como em vários outros textos, afirmamos nesta doutrina que somente a Deus devemos dar glória.
"Porque dele e por ele, e para ele, são todas as coisas; glória, pois, a ele eternamente. Amém" (Rm. 11. 36).
"Ora, ao nosso Deus e Pai seja dada glória para todo o sempre. Amém" (Fl. 4. 20).
"Digno és, Senhor, de receber glória, e honra, e poder; porque tu criaste todas as coisas, e por tua vontade são e foram criadas" (Ap. 4.11).


2- SOLA FIDE 
Que o homem só pode ser salvo mediante a fé, que SOMENTE A FÉ pode livrar sua alma. Que penitências, sacrifícios ou qualquer forma de indulgência, não livrarão o homem da condenação eterna, sendo a salvação somente através da fé (Ef. 2.8).
"Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isso não vem de vós; é dom de Deus; não de obras, para que ninguém se gloria". (Ef 2.8 e 9).
"Porque no evangelho é revelada a justiça de Deus, uma justiça que do princípio ao fim é pela fé, como está escrito: O justo viverá pela fé" (Rm 1.17).
"E é evidente que pela lei ninguém será justificado diante de Deus, porque o justo viverá da fé" (Gl 3 . 11). 
"Mas o justo viverá da fé; E, se ele recuar, a minha alma não tem prazer nele" (Hb 10 . 38).


3- SOLA GRATIA
Que esta salvação é manifesta ao homem pela graça de Deus, pois SOMENTE A GRAÇA é a causa eficiente da salvação. Ninguém pode ser salvo por mérito próprio. A única causa eficaz da salvação é a graça de Deus sobre o pecador, (Ef. 2.5). Nenhuma obra humana poderá dar ao homem livre acesso a salvação e ao reino dos céus, somente pela graça de Deus.
"Estando nós ainda mortos em nossas ofensas, nos vivificou juntamente com Cristo (pela graça sois salvos)" (Ef 2.5).
"Sendo justificados gratuitamente pela sua graça, pela redenção que há em Cristo Jesus" (Rm 3. 24). 
"Pelo qual também temos entrada pela fé a esta graça, na qual estamos firmes, e nos gloriamos na esperança da glória de Deus" (Rm 5 .2).
"Porque o pecado não terá domínio sobre vós, pois não estais debaixo da lei, mas debaixo da graça" (Rm 6 .14).


4- SOLUS CHRISTUS
Que SOMENTE CRISTO é o intermediador entre Deus e os homens. E nisto consiste a suficiência e exclusividade da obra Cristo quanto à salvação. Cristo efetivou a obra da redenção ao ser sacrificado na cruz, derramando seu sangue como sacrifício por nossos pecados. Que o homem nada pode fazer para sua salvação, pois sacrifício de Cristo na cruz foi suficiente.
"E não há salvação em nenhum outro: porque abaixo do céu não existe nenhum outro nome, dentre os homens, pelo qual importa que sejamos salvos" (At 4.12).

quinta-feira, 5 de março de 2015

O que é calvinismo?




Calvinismo: 
O Calvinismo (também conhecido como Fé Reformada, Confissão Reformada ou Teologia Reformada) é tanto um movimento religioso protestante quanto uma ideologia sociocultural com raízes na Reforma Protestante iniciada por João Calvino em Genebra no século XVI.

A Teologia Reformada foi desenvolvida também por diversos outros teólogos como Martin Bucer, Heinrich Bullinger e Ulrico Zuínglio. Apesar disso, a Fé Reformada costuma levar o nome de Calvino por ter sido ele seu principal expoente.

É o resultado de uma evolução independente das ideias protestantes no espaço europeu de língua francesa, surgindo sob a influência do exemplo que na Alemanha a figura de Martinho Lutero tinha exercido. A expressão "Calvinismo" foi aparentemente usada pela primeira vez em 1552, numa carta do pastor luterano Joachim Westphal, de Hamburgo.

Em algumas regiões da Europa o Calvinismo ganhou diferentes nomes. Na Escócia, os calvinistas ficaram conhecidos como presbiterianos; na França como huguenotes; e na Inglaterra foram chamados de puritanos.

Entre os mais famosos calvinistas da história, destacam-se o pastor batista Charles Haddon Spurgeon, tido como o "príncipe dos pregadores", o reavivalista Jonathan Edwards, e os teólogos Abraham Kuyper e Gordon Clark.

Atualmente, o termo Calvinismo também se refere às doutrinas e práticas das Igrejas Reformadas. O sistema costuma ser resumido através dos chamados Cinco Pontos do Calvinismo, elaborados durante o Sínodo de Dort realizado na Holanda, entre 1618 e 1619, como uma resposta aos Cinco Pontos do Arminianismo.

Os Cinco Pontos do Calvinismo são conhecidos pelo acróstico TULIP:

T-otal Depravity (Depravação Total)
U-nconditional Election (Eleição Incondicional)
L-imited Atonement (Expiação Limitada)
I-rresistible Grace (Graça Irresistível)
P-erseverance of the Saints (Perseverança dos Santos)

Por este motivo, a tulipa é frequentemente utilizada como flor símbolo do Calvinismo.

Todo o sistema teológico, assim como as práticas da igreja, família e vida política, todas elas englobadas no que costumeiramente denomina-se de "Calvinismo", são o resultado de uma consciência religiosa fundamental centrada na soberania de Deus.

O Calvinismo pressupõe que o poder de Deus tem um alcance total de atividade e resulta da convicção de que Deus trabalha em todos os domínios da existência, incluindo o espiritual, físico, intelectual, quer seja secular ou sagrado, público ou privado, no céu ou na terra.

De acordo com este ponto de vista, qualquer ocorrência é o resultado do plano de Deus, que é o criador, preservador, e governador de todas as coisas, sem exceção, e que é a causa última de tudo. As atividades seculares não são colocadas abaixo da prática religiosa. Pelo contrário, Deus está tão presente no trabalho de cultivar a terra ou apontar um lápis quanto no ato de orar ou na prática de ir ao culto. Para o cristão calvinista, toda a sua vida é um culto a Deus.

Segundo a Bíblia, por causa dos pecados do homem, ele perdeu as regalias que possuía e distanciou-se de Deus. Desta forma, o homem é considerado "espiritualmente morto" para as coisas de Deus e é dominado por uma indisposição para servi-lo.

Só resta, então, uma maneira de resolver esse problema: o próprio Deus reatando os laços. Deus então, segundo a doutrina bíblica da predestinação, escolheu alguns dos seres humanos caídos para salvar da pecaminosidade e restaurar para a comunhão com Ele. Deus tomou esta decisão antes da criação do Universo, não por causa de quaisquer boas ações que tenha previsto nos eleitos, mas por Sua única e exclusiva graça:

"Pela graça sois salvos, por meio da fé, e isso não vem de vós; é dom de Deus; não vem de obras, para que ninguém se glorie."
(Efésios 2:8,9)

O Calvinista é, por definição, um profundo conhecedor da Bíblia, que pondera todas as suas ações pela sua relação com Deus. Costuma ser austero e disciplinado, e rejeita luxo e esbanjamento. A ética no trabalho é também uma marca do Calvinismo.

Baseados na leitura do livro "A ética protestante e o espírito do capitalismo", do sociólogo alemão Max Weber, muitos estudiosos atribuem a Calvino a invenção do capitalismo. Porém, o capitalismo é um conceito que não pertence aos tempos da Reforma Protestante, tendo sido definido em época posterior.

O Calvinismo defende uma Teologia Aliancista e os Sacramentos como meio de graça, sendo eles a Santa Ceia e o Batismo.

Entre os principais teólogos e pregadores calvinistas da atualidade, destacam-se John Piper, Paul Washer, R.C. Sproul, John MacArthur, Vincent Cheung e os brasileiros Augustus Nicodemus e Davi Charles Gomes, entre outros.

As maiores igrejas de tradição calvinista no Brasil são a Igreja Presbiteriana no Brasil, a Igreja Anglicana Reformada do Brasil e a União das Igrejas Evangélicas Congregacionais do Brasil.

Nos últimos tempos o Calvinismo tem alcançado muito espaço no Brasil devido ao trabalho de grandes editoras, escolas teológicas e diversos sites e blogs da internet que tem disponibilizado conteúdo teológico reformado de qualidade.

As principais obras teológicas de referência do Calvinismo são "As Institutas da Religião Cristã", de João Calvino, "Uma Defesa do Calvinismo", de Charles Haddon Spurgeon, "Calvinismo", de Abraham Kuyper e a Bíblia de Estudos de Genebra.

Com informações de Monergismo, Wikipedia, Brasil Escola e Portal Mackenzie.


SOLA FIDE


SOLA FIDE:

A fé reformada
“Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus; não de obras, para que ninguém se glorie.” Efésios 2:8-9

Somente pela fé, e unicamente por ela, o pecador é salvo com base nos méritos eternos de Cristo. Sendo assim... a Escritura é o meio pelo qual Cristo é revelado, sendo este o alvo da fé, sendo que a fé é um presente concedido graciosamente por Deus “e isto (a fé) não vem de vós”. Somente pela fé na pessoa e obra de Cristo é meio pelo qual Deus declara o pecador injusto em justo. A necessidade de tal ato se dá por causa da nossa total inabilidade e capacidade para satisfazer a justiça de Deus. Porque somos pecadores, todas as nossas obras estão corrompidas pelo pecado e, portanto, são inúteis a Deus, ou como a própria Escritura trata (Isaías 64:6), como algo podre: Diante da nossa impotência e incompetência, não podemos confiar em nossa carne, em nosso esforço e sim unicamente na obra de Cristo na cruz.
A fé é a atitude de total confiança no que as Escrituras declaram a respeito de Cristo e sua Obra.

Fonte: www.VoltemosAoEvangelho.com

terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

Não julgueis para que não sejais julgados???

"Não julgueis para que não sejais julgados..." (Mateus 7.1).

Eu não posso julgar, mas você pode me julgar pelos meus julgamentos? Eu não posso criticar, mas você pode me criticar por fazer críticas? Podemos ou não? E como devemos fazer? 

Vejamos o que a Palavra nos diz sobre o assunto? 
1- O que Paulo no texto de 1 Co. 6.2, nos ensina? 
2- O que encontramos Jesus fazendo em Mateus 23.13 e 23.24?
3- Em Mateus 12.39?
4- Em Marcos 9.19?
5- Em Mateus 7.6?
6- Em Lucas 10.13-15, oque Jesus pronuncia sobre Corazim, Btsaida e Cafarnaum?
7- O que Ele disse aos Judeus em João 8.44?
8- O que Jesus diz sobre os que não crêem Nele em João 3.17-18,36?

* De acordo com o Paulo em 1 Co. 5.3-5, nós podemos emitir alguns juízos. 
1- O que dizer de 1 Co 5.11? 
2- Como discernir o texto de 2 Co. 11.13?
3- Como interpretar os textos em 2 Pedro 2.12-13 e 2 João 7.11, segundo a ideia do "não julgais..."? 

* Se não podemos julgar, por que Pedro, Paulo e João julgaram as pessoas em seu tempo? Estavam eles à desobedecer a Cristo?

* Como podemos observar, realizamos julgamentos, grandes e pequenos a todo momento. Observemos que, na hora de escolher um pastor, presbítero ou diácono, devemos JULGAR seu caráter à luz das Escrituras (Tito 1 e 1 Timóteo 3).

* O que dizer do ensino de Jesus em Mateus 18.17, quando Ele nos da base para exclusão de membros? Não seria isto um julgamento? 
Até aqui seria suficiente, mas com certeza, devemos buscar mais entendimento na Palavra, antes de "repetir" meras opiniões.

Angelo dos Santos

A unidade que esta nos destruindo.



A unidade que esta nos destruindo.


Quando unir-se e quando dividir-se, eis a questão, e uma resposta abalizada exige a sabedoria de um Salomão.

Alguns resolvem o problema de maneira simples e prática:Toda união é boa e toda divisão é má. Muito fácil. Mas esta maneira simplista de tratar do assunto ignora as lições de história e se esquece das profundas leis espirituais que regem a vida do homem. 

Se os homens bons desejassem a união e os maus a divisão, ou vice-versa, isso simplificaria as coisas para nós. Ou se pudesse ser mostrado que Deus sempre une e o diabo sempre divide, seria fácil encontrar nosso caminho neste mundo confuso. Mas as coisas não são assim. 

Dividir o que deve ser dividido e unir o que deve ser unido faz parte da sabedoria. A união de elementos heterogêneos jamais é boa mesmo que possível, nem a divisão arbitrária de elementos semelhantes. Isto se aplica certamente tanto às coisas morais e religiosas, como às políticas e científicas. 

Deus foi quem fez a primeira divisão, quando separou a luz das trevas no momento da criação. Esta divisão estabeleceu a regra para todo o comportamento divino na natureza e na graça. A luz e as trevas são incompatíveis. Tentar ter ambas no mesmo lugar ao mesmo tempo é tentar o impossível e o resultado será sempre nulo, nem uma nem outra, mas obscuridade e escuridão. 

No mundo dos homens, atualmente são poucos os contornos que se destacam. A raça acha-se decaída. O pecado trouxe confusão. O trigo cresce junto com o joio, as ovelhas e os cabritos coexistem, as terras dos justos e injustos ficam lado a lado na paisagem, a missão tem o bordel como vizinho. 

As coisas, porém, não serão sempre assim. Está chegando a hora em que as ovelhas serão separadas dos cabritos, o joio do trigo. Deus dividirá novamente a luz das trevas e todas as coisas se agruparão segundo a sua espécie, O joio irá para o fogo junto com o joio, e o trigo para o celeiro com o trigo. A névoa se levantará como acontece com a neblina e todos os contornos surgirão nítidos. O inferno será sempre reconhecido como inferno e o céu irá revelar-se como o lar de todos os que possuem a natureza do Deus único. 

Aguardamos com paciência essa hora. Enquanto isso, para cada um de nós e para a igreja onde quer que apareça na sociedade humana, a pergunta repetida deve ser: Com o que devemos unir-nos e do que separar-nos? A questão de coexistência não existe aqui. O trigo cresce no mesmo campo com o joio, mas deve haver polinização mútua entre eles? As ovelhas pastam junto aos cabritos,mas devem procurar cruzamento entre as espécies? Os injustos e os justos gozam da mesma chuva e do mesmo sol, mas devem esquecer suas profundas diferenças morais e casar-se? 

A resposta popular a estas perguntas é afirmativa. Unir-se sempre e os homens serão irmãos apesar de tudo. A unidade é tão preciosa que preço algum é demasiado para alcançá-la e nada é suficientemente importante para manter-nos separados. A verdade é sufocada para celebrar a festa de casamento do céu e do inferno, e tudo isso a fim de apoiar um conceito de unidade que não se baseia na Palavra de Deus. 

A igreja iluminada pelo Espírito não aceita isso. Num mundo caído como o nosso a unidade não é um tesouro que deva ser comprado ao preço da transigência. A lealdade a Deus, a fidelidade à verdade e à preservação de uma boa consciência são joias mais preciosas do que o ouro de Ofir ou os diamantes extraídos da mina. Por causa dessas jóias homens sofreram a perda de propriedades, a prisão e até a morte; por elas, mesmo em épocas recentes, por trás das várias cortinas, os seguidores de Cristo pagaram até o último centavo o preço de sua devoção e morreram silenciosamente, desconhecidos e não aplaudidos pelo grande mundo, mas conhecidos de Deus e caros ao seu coração paterno. No dia em que forem declarados os segredos de todas as almas, eles irão apresentar-se para receber as obras feitas no corpo. Esses são certamente filósofos mais sábios do que os seguidores religiosos da unidade sem significado, que não possuem coragem suficiente para colocar-se contra as modas correntes e que clamam por irmandade só porque tal coisa acha-se no momento em foco. 

"Divida e conquiste" é o refrão cínico dos líderes políticos maquiavélicos, mas Satanás sabe também como unir e conquistar. A fim de colocar uma nação de joelhos o ditador em potencial precisa primeiro uni-la.Através de apelos repetidos ao orgulho nacional ou à necessidade de vingar-sede alguma injustiça passada ou presente, o demagogo consegue unir a população à sua volta. Depois disso é fácil dominar os militares e submeter o legislativo.Segue-se então, na verdade, uma unidade quase perfeita, mas trata-se da unidade do curral ou do campo de concentração. Vimos isto acontecer várias vezes neste século, e o mundo irá vê-la uma vez mais quando as nações da terra se unirem sob o Anticristo. 

Quando as ovelhas confusas começam a cair num despenhadeiro,a ovelha que quiser salvar-se individualmente precisa separar-se do rebanho. A unidade perfeita em tal momento só pode significar destruição total para todos.A ovelha sábia, para salvar sua própria pele, se afasta. 

O poder se encontra na união de coisas homogêneas e na divisão das heterogêneas. Talvez aquilo que precisamos nos círculos religiosos de hoje não seja mais união, mas certa divisão sábia e corajosa. Todos desejam a paz, mas pode ser que o reavivamento use a espada.

Autor: A. W. Tozer
Fonte: Josemar Bessa
#MelhorDeTozer

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

Sofrimentos de Paulo um verdadeiro apóstolo.



Sofrimentos de Paulo


Texto áureo > 2 co 11.23-27


DEUS LHE DISSE:

“EU LHE MOSTRAREI O QUANTO IMPORTA SOFRER PELO MEU NOME” (AT. 9.16).

Texto de apoio: 2ª Cor. 11.23-27


Foi perseguido em Damasco;

Foi rejeitado em Jerusalém;

Foi esquecido em Tarso;

Foi apedrejado em Listra;

Foi açoitado e preso em Filipos;

Foi escorraçado de Tessalônica e Beréia;

Foi chamado de tagarela em Atenas;

Foi chamado de impostor em Corinto;

Foi duramente atacado em Éfeso;

Foi preso em Jerusalém;

Foi acusado em Cesaréia;

Foi vítima de naufrágio indo para Roma;

Foi picado por uma serpente em Malta

Foi preso e degolado em Roma.

Com base na segunda carta a Timóteo vemos que:

1. Paulo sofreu a dor da solidão - Gente precisa de Deus. Mas gente também precisa de gente. O que Paulo pediu para Timóteo:

A. Procura vir ter comigo depressa (v. 9-10);

B. Toma contigo a Marcos e traze-o contigo (v. 11);

C. Apressa-te a vir antes do inverno (v. 21).

2. Paulo sofreu a dor do abandono – Na hora que mais Paulo precisou de ajuda foi abandonado e esquecido na prisão. Caminhou sozinho para o Getsêmani do seu martírio, assistido apenas pela graça de Deus. Diz ele: “Demas, tendo amado o presente século me abandonou...” (v. 10). Na hora que estamos sofrendo, precisamos de amigos por perto.


3. Paulo sofreu a dor da ingratidão – Paulo diz: “Na minha primeira defesa, ninguém foi a meu favor; antes, todos me abandonaram” (v. 16). Paulo deu sua vida pelos outros; agora, que precisa de ajuda ninguém se arrisca por ele. De que Paulo devia estar sendo acusado?

• Ateísmo – porque se abstinha do culto ao imperador e idolatria;

• Canibalismo – porque os crentes falavam em comer a carne e beber o sangue de Cristo quando celebravam a Ceia do Senhor.


4. Paulo sofreu a dor da perseguição – Paulo diz: “Alexandre, o latoeiro, causou-me muitos males; o Senhor lhe dará a paga segundo as suas obras” (v. 14). Este homem foi quem delatou Paulo, culminando na sua segunda prisão e conseqüente martírio.

No verso 18, encontramos o que nos falta hoje. Paulo apesar das lutas e dificuldades, das perseguições e prisões, exalta a DEUS dizendo:

“O Senhor me livrará também de toda obra maligna e me levará salvo para o seu reino celestial. A Ele, glória pelos séculos dos séculos. Amem!”

Voltemos agora à carta aos romanos, e vejamos quão profunda é a mensagem de DEUS para o homem cristão;

Romanos 8.18

“Porque para mim tenho por certo que os sofrimentos do tempo presente não podem ser comparados com a gloria a ser revelada em nós.”

Para finalizar, vejamos o que o apostolo Paulo nos diz em Romanos 8.34-39.

Conclusão:

Ele disse para a igreja da Galácia: “Eu trago no corpo as marcas de Jesus” (Gálatas 6.17). Ele falou de lutas por dentro e temores por fora, de trabalhos, prisões, açoites, perigos de morte, fustigado com varas, apedrejado, naufrágio, fome, sede, nudez, e a preocupação com todas as igrejas.

O nosso sofrimento não é sinal de que estamos longe de Deus, ou de que estamos fora da sua vontade. Quando passamos por dificuldades, temos o dever de orar a Deus pedindo discernimento sobre o momento em que nos encontramos . “Eu tenho por certo que o sofrimento do tempo presente, não podem ser comparados com as glórias do por vir a serem reveladas em nós.” Diz ainda: “A nossa leve e momentânea tribulação, produz para nós eterno peso de glória”.

Hernandes Dias Lopes